Cirurgia de queloide

Durante o processo de cicatrização, seja após uma cirurgia ou um corte na pele, o resultado pode ser afetado pelo aparecimento de um queloide.

O queloide mostra-se como um inchaço endurecido, róseo, com coceira, por vezes doloroso, localizado na região onde foi realizada a incisão cirúrgica prévia.  Também pode ocorrer após espinhas e pequenos traumas, como os furos na orelha para colocação de brincos.  Entre as regiões do corpo mais afetadas podemos citar os lóbulos da orelha, ombros, região peitoral e tronco superior.  Num mesmo indivíduo, um ferimento localizado na mão pode não desenvolver o queloide, enquanto que no abdome ele pode aparecer de forma bem intensa. Isso ocorre devido às características da pele de cada região, como espessura, pigmentação, quantidade de colágeno, presença de glândulas e pelos, entre outras.

Entre os principais tratamentos do queloide podemos citar as infiltrações seriadas de corticoide (triancinolona), a crioterapia, os lasers de CO2, Fotona e Spectra e as cirurgias.

Nem todos os queloides podem ser tratados com cirurgia. Todavia, nos localizados no pavilhão auricular e os menos extensos e com formato peduncular, os resultados costuma ser melhores. Habitualmente o queloide de orelha é o que apresenta melhor resultado terapêutico estético com a cirurgia.

Habitualmente o queloide é retirado deixando-se uma pequena área de tecido queloidinano no leito cirúrgico, o que diminui o risco de recidiva. Como as recaídas são frequentes, habitualmente realiza-se a infiltração de corticoide durante o ato cirúrgico, seguindo-se a aplicação de betaterapia ou banho de elétrons na área cirúrgica durante o pós-operatório, o que diminui a incidência de recorrência. A sutura da pele também é realizada sem tensão, retirando-se os pontos externos em torno de 10 dias. A aplicação de placas de silicone e compressão localizada no pós-operatório também é benéfica. O ideal é realizar o acompanhamento entre 6 meses a 1 ano após o tratamento, para se detectar de forma precoce eventuais recidivas, que podem ser tratadas com novas infiltrações de corticoide e laser.